Aliados de Bolsonaro reagem após STF aceitar denúncia: “Perseguição política”
STF aceita denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Decisão gera reações acaloradas entre aliados do ex-presidente, que denunciam perseguição política e violação de direitos constitucionais.
A Primeira Turma do STF decidiu, nesta quarta-feira (26), tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão, por maioria, implica um processo penal que pode levar a ações penais e penas de prisão.
Após o anúncio, aliados de Bolsonaro reagiram, acusando o STF de um julgamento politizado e de desrespeito aos direitos constitucionais.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) defendeu que a história reconhece a importância de Bolsonaro para a democracia brasileira, afirmando que a visão sobre ele se tornará mais desapaixonada com o tempo.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) criticou duramente a decisão, chamando o julgamento de "tribunal de exceção" e denunciando a violação do devido processo legal. Segundo ela, a presunção de inocência foi ignorada.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) chamou a situação de um “circo”, argumentando que não há provas suficientes para a acusação, afirmando que a revolta popular não configura golpe.
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, reforçou as críticas, alegando que o relatório da Polícia Federal não apresenta provas contra Bolsonaro e que o STF atuou de forma tendenciosa ao mudar a jurisprudência para o julgamento na primeira instância.
Para Marinho, o processo está contaminado por ilegalidades e prejudica o direito à ampla defesa e ao contraditório.