Aliados e críticos de Bolsonaro batem boca no plenário da Alesp após STF torná-lo réu
Divisão entre deputados marca debate sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no STF. As discussões revelaram opiniões opostas sobre a defesa da democracia e a alegação de perseguição política.
Deputados estaduais de São Paulo debateram na Assembleia Legislativa sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou Jair Bolsonaro réu.
Os discursos dividiram opiniões: bolsonaristas falaram em perseguição, enquanto correligionários de Lula defenderam a democracia.
Simão Pedro (PT) celebrou a força das instituições: "Eles [acusados] se tornaram réus por tentativa de derrubar a democracia".
Danilo Campetti (Republicanos) negou que houve tentativa de golpe: "Não havia liderança ou blindados".
A deputada Fabiana Bolsonaro (PL) disse que o ex-presidente está sendo injustiçado: "Estamos vivendo uma ditadura velada".
Os discursos de Paulo Fiorilo (PT) e Conte Lopes (PL) foram mais exaltados:
- Fiorilo: "Há elementos suficientes para condenar Bolsonaro";
- Lopes: "Caso deve ser julgado na primeira instância".
Campetti criticou a pena de 14 anos imposta à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, considerando-a exagerada.
Carlos Giannazi (Psol) apoiou a decisão do STF e exigiu prisão para Bolsonaro: "Um criminoso, um fascista, um genocida".
Eduardo Suplicy (PT) pediu equilíbrio nas decisões do Supremo.
Letícia Aguiar (PP) reiterou a injustiça contra Bolsonaro e seu compromisso pela verdade e Justiça.
Finalizando, houve um consenso contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pediu licença para articular medidas no exterior. Simão Pedro e Conte Lopes criticaram sua atitude.