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Aliados veem Bolsonaro com medo de prisão e eventual apoio a Tarcísio por anistia

Aliados de Bolsonaro especulam sobre a candidatura de Tarcísio de Freitas à presidência, temendo a prisão do ex-presidente. A possibilidade de anistia e mudanças de estratégia política estão em discussão entre integrantes do PL.

Integração do PL e aliados de Jair Bolsonaro observam um clima de receio nas ações do ex-presidente, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação em uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado.

Aliados cogitam que Bolsonaro poderia apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência em 2026, numa estratégia que incluiria uma anistia para os demais acusados do 8 de Janeiro.

A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 26 de outubro, tornando Bolsonaro réu junto a outras sete pessoas. Apesar de seu discurso de perseguição judicial, aliados admitem que sua inocência no processo é improvável.

Bolsonaro mantém a retórica de ser candidato, mas está inelegível devido a uma condenação anterior no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos bastidores, tentativas para convencê-lo a nomear um substituto ainda não avançaram.

Em entrevista recente, Bolsonaro afirmou que não passará o bastão antes de morrer, enquanto Tarcísio reforçou a possibilidade de disputar o governo de São Paulo.

Um desafio para Tarcísio é a desincompatibilização do cargo até abril, o que poderia entrar em conflito com a estratégia de candidatura de Bolsonaro, semelhante à de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.

Aliados acreditam que o medo de prisão pode levar Bolsonaro a reconsiderar sua posição até o final do ano. A queda de popularidade de Lula não é subestimada por integrantes do PL, que veem Tarcísio como um forte candidato.

Se Bolsonaro estiver preso, Tarcísio, caso eleito, poderia eventualmente conceder um indulto.

Erros políticos recentes de Bolsonaro, como a manifestação em Copacabana, e a saída do deputado Eduardo Bolsonaro do país complicam ainda mais a situação, deixando dúvidas sobre a estratégia eleitoral do grupo.

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