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'Alimento dos deuses', chocolate tem queda mundial no consumo, mas cresce no Brasil

O Dia Mundial do Chocolate destaca a rica história do cacau, desde suas origens na América do Sul até sua popularidade global. Apesar da queda no consumo mundial, o mercado brasileiro continua a crescer, impulsionado por estratégias de venda que buscam contornar a alta nos preços do produto.

Botânico Carl Linnaeus nomeou o cacaueiro de Theobrama cacao ("alimento dos deuses") em 1753, homenageando sua origem na bacia do rio Amazonas.

O cultivo do cacau começou há mais de 5.000 anos no Equador, expandindo-se pela Mesoamérica, onde civilizações como olmecas, maias e astecas o utilizavam em rituais.

A colonização espanhola introduziu o cacau na Europa, onde se tornou um símbolo de riqueza. Hoje, 7 de julho marca o Dia Mundial do Chocolate.

Atualmente, o mercado global do chocolate é avaliado em US$ 133,5 bilhões e a venda anual atinge 7,4 milhões de toneladas. Contudo, o consumo global está em declínio desde 2022.

No Brasil, as vendas de chocolate devem crescer 2,9% até 2025, com aumento de 128% nas vendas no varejo entre 2020 e 2025. Isso se destaca mesmo com o aumento de preços, que subiu 15,6% nos primeiros cinco meses de 2024.

A indústria adapta-se oferecendo porções menores, como bombons e snacks, e o Brasil é o quinto maior mercado de chocolates em volume.

Os preços do cacau dispararam, com uma tonelada chegando a US$ 11.675. Novos contratos de hedge estão sendo fechados em torno de US$ 8.100 por tonelada.

Um acordo entre Mercosul e Efta pode permitir a entrada de chocolate suíço ao Brasil sem imposto, possivelmente aliviando a alta de preços. A importação atual é de apenas 5% do consumo nacional.

A Lindt, fabricante suíça de chocolate premium, mostra otimismo com o mercado brasileiro, que teve um crescimento de 17,7% no ano passado, superando a média global.

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