Allos diz que vai manter retorno para acionista e espera aumentar taxa de ocupação no 2º semestre
Allos mantém forte geração de caixa e estratégia de retorno para acionistas, mesmo em um cenário de juros elevados. Expectativa é aumentar a ocupação dos shoppings e continuar avaliando oportunidades de crescimento com cautela.
Allos, administradora de shoppings como o Shopping Leblon (RJ) e o Shopping Villa Lobos (SP), reporta forte geração de caixa e manterá a estratégia de retorno aos acionistas.
O presidente Rafael Sales mencionou, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre, que a empresa está gerando caixa consistentemente, apesar das altas taxas de juros no Brasil.
A alavancagem da Allos foi de apenas 1,7 vez na relação dívida líquida/Ebitda, mesmo com investimentos altos e pagamentos significativos de juros e dividendos.
A receita líquida no segundo trimestre foi de R$ 656,4 milhões, um aumento de 8,4% em relação ao ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 10,8%, alcançando R$ 475,7 milhões.
O Fundo de Operações (FFO) também subiu 1,9%, totalizando R$ 304,6 milhões. Sales destacou que 80% do FFO foi retornado aos acionistas no primeiro semestre.
A diretora financeira Daniella Guanabara afirmou que a Allos espera aumentar a ocupação dos shoppings no segundo semestre, que atualmente está acima de 90%. O índice de ocupação do trimestre foi de 96,4%, em comparação com 96,3% no ano anterior.
Sales ressaltou que futuras expansões e aquisições serão avaliadas com prudência e dependerão do custo de oportunidade. Ele destacou que o balanço da empresa está “muito bem organizado”, com dívida a um custo razoável e alavancagem baixa.
O presidente mencionou que, em 2023, a Allos continua o processo de organização após a fusão entre Aliansce Sonae e BR Malls, e que as operações estão se ajustando bem. “Ganhos de eficiência adicionais” são esperados a partir deste ponto.
Em relação a expansões e aquisições, ele indicou que estão focados apenas nas opções “mais óbvias” e que o apetite por novos ativos dependerá da avaliação de mercado.