Allos quer crescer o braço de mídia com atuação além da área do shopping, diz CFO
Allos expande sua atuação além do comércio tradicional, utilizando tecnologia de mídia para diversificar receitas e engajar consumidores. Com foco em revitalização e inovações, a empresa planeja triplicar seu programa de fidelidade e investir em eletropostos para veículos elétricos até 2025.
A diversificação das operadoras de shopping center no Brasil está em crescimento, com um foco em experiências, entretenimento e serviços, além das compras. A Allos (ALOS3) se destaca como a única empresa do segmento listada na B3 que possui sua própria empresa de mídia, a Helloo.
Com planos de expansão, a Allos, sob a liderança do CEO Rafael Sales, deseja reforçar sua presença de mídia e seu programa de fidelidade até 2025. A Helloo já representa 6% das receitas da Allos, com crescimento de 23% no último ano.
A empresa de mídia busca oportunidades fora dos shoppings, como telas em elevadores de prédios residenciais, aumentando a interatividade com os consumidores. Além disso, a Allos está construindo 59 torres ao redor de seus shoppings.
A Allos visa triplicar os shoppings com programa de fidelidade, totalizando 38 unidades. O perfil de audiência segmentado da Helloo é destacado como um diferencial na venda de anúncios.
Outras iniciativas incluem a criação da KARG, uma empresa de eletropostos para carregamento de veículos elétricos, com previsão de 600 vagas em dois anos.
A Allos, avaliada em R$ 10,6 bilhões, apresentou uma alta de 8% em suas ações em 2023. Nove dos 14 analistas recomendam compra das ações da companhia. A Allos busca sinergias de R$ 210 milhões após a fusão entre Aliansce Sonae e brMalls.
Os desafios para 2025 incluem a execução do plano de integração, especialmente em um cenário econômico difícil, mas a diversificação de receitas, como mídia e estacionamentos, está ajudando.
O portfólio da Allos, que inclui os shoppings Parque Dom Pedro e Shopping da Bahia, mostra crescimento significativo, enquanto a taxa de ocupação chega a 97,8% com um Ebitda projetado de crescimento 8%.
A estratégia de vendas de ativos e retorno a acionistas continua forte, com R$ 2,4 bilhões devolvidos em dividendos e recompra de ações nos últimos dois anos, enquanto a companhia se foca em shoppings líderes.