Alpinista relata frio extremo e chuva no resgate de Juliana Marins: ‘Se chovesse um pouco mais, morreríamos junto’
Voluntários enfrentam condições extremas para resgatar corpo de alpinista brasileira no Monte Rinjani. Família critica a demora do socorro e busca justiça pela morte de Juliana Marins.
Alpinista Agam Rinjani relatou dificuldades extremas durante o resgate da brazileira Juliana Marins no monte Rinjani, Indonésia. As condições climáticas eram desafiadoras, com frio intenso e chuva na região.
Agam e outro voluntário, Tyo Survival, enfrentaram riscos significativos. O terreno instável poderia ter causado acidentes fatais. Agam expressou preocupação, afirmando que "se chovesse um pouco mais, morreríamos junto".
A equipe encontrou Juliana e confirmou sua morte na terça-feira (24). Eles acamparam à beira de um penhasco íngreme durante a noite, implementando medidas de segurança para não deslizarem.
A família de Juliana agradeceu aos voluntários, destacando sua coragem no resgate. Porém, criticou o Parque Nacional do Monte Rinjani por negligência, afirmando que Juliana poderia estar viva se a equipe tivesse chegado mais cedo.
O acidente aconteceu na sexta-feira (20), mas a ajuda chegou somente na terça. Juliana foi deixada para trás pelo guia e ficou sozinha, caindo em um local remoto.
O governo indonésio justificou a demora na evacuação devido à complexidade do terreno e mau tempo. O Ministério Florestal expressou pesar pela morte de Juliana, uma alpinista de 26 anos e natural de Niterói, que tinha um histórico de viagens ao redor do mundo.