Alta continua? Goldman projeta petróleo a US$ 55 em 2026 e revisa petroleiras latinas
Goldman Sachs projeta queda nos preços do petróleo Brent, passando de US$ 75 para uma média de US$ 56 por barril em 2023. A análise destaca a vulnerabilidade das petroleiras latino-americanas, com ênfase na Brava Energia e suas altas oscilações relacionadas ao preço da commodity.
Projeções para o petróleo Brent indicam recuo nos preços, passando de US$ 75 para uma média de US$ 56 por barril em 2023 e US$ 55 em 2026, segundo o Goldman Sachs.
A demanda é influenciada pelo aumento do prêmio de risco geopolítico e avanço da oferta global fora do mercado de xisto dos EUA.
No contexto latino-americano, a análise apontou que uma queda de US$ 10 por barril poderia reduzir o valor justo médio das empresas de exploração em 28%.
Brava Energia (BRAV3) é a mais vulnerável, com queda de 13% no fluxo de caixa livre para cada US$ 10 de queda no barril. Ecopetrol é a menos exposta graças à diversificação.
Vista Energy é a segunda mais sensível, dependente da produção em Vaca Muerta, com baixa alavancagem e margens elevadas.
Para a PRIO (PRIO3), a sensibilidade é intermediária; sua eficiência protege o valor justo das ações.
A Petrobras (PETR4) deve entregar um dividend yield de 11% ao ano, com recomendações de compra. Atenção para possível revisão na política de dividendos e riscos governamentais.
Preços-alvos foram ajustados:
- Vista: de US$ 62 para US$ 62,20
- PRIO: de R$ 49,90 para R$ 57,30
- PetroRecôncavo: de R$ 16,50 para R$ 18,50
- YPF: de US$ 41,60 para US$ 44,50
- Ecopetrol: de COP 1.447,20 para COP 1.630,70
- Brava: de R$ 15,80 para R$ 18, porém recomendação de venda.
As atualizações refletem um cenário de incertezas e movimentos de mercado que afetam a indústria do petróleo na América Latina.