Alta da Selic era esperada e reflete preocupação do BC em controlar inflação, dizem analistas
Banco Central eleva taxa Selic para 14,25% em resposta à inflação crescente. Comunicado sinaliza continuidade do ajuste, com novas altas previstas em reuniões futuras.
Decisão do Copom eleva a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, com expectativa de novos aumentos.
Analisando a inflação, o Copom destaca um “cenário adverso” e a necessidade de ajustes.
Para a próxima reunião, em maio, estima-se uma nova alta de 0,50 ponto percentual. O boletim Focus prevê a Selic a 15% até o fim deste ano.
José Marcio Camargo, economista-chefe da Genial, afirma que a decisão esteve dentro das expectativas do mercado, o que poderá gerar uma reação positiva.
A expectativa de inflação para 2026 piorou, com o IPCA estimado em 4,48% para o próximo ano, e 5,66% para 2025.
André Muller, da AZ Quest, comenta que um ajuste menor na próxima reunião não sinaliza o fim do ciclo de altas.
A meta central de inflação do BC é de 3%, variando entre 1,5% e 4,5%.
Lucas Constantino, da GCB, destaca a importância de confiança em uma equipe técnica para a condução da política monetária.
Miguel Torres, da Força Sindical, critica a decisão, chamando-a de "extorsão" e prejudicial aos trabalhadores.
O aumento da Selic favorece ativos pós-fixados, com Paulo Cunha ressaltando a importância do tempo da alta.
A Selic atual iguala-se ao patamar de outubro de 2016, durante a crise de Dilma Rousseff.
Economistas estão atentos à política fiscal do governo Lula e suas medidas de estímulo à economia.
O Copom se reunirá novamente nos dias 6 e 7 de maio.