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Alta da Selic reflete um governo que joga lenha na fogueira da economia já aquecida

A decisão do Banco Central é uma resposta à inflação crescente, que alcançou níveis alarmantes em fevereiro. O desafio agora é equilibrar a política monetária em meio a um aumento de gastos e estímulos por parte do governo.

A taxa Selic foi elevada para 14,25%, o maior índice desde a crise do governo Dilma.

O Banco Central (BC) indicou em seu comunicado que uma nova alta de juros é esperada na próxima reunião em maio, embora em menor magnitude.

O Copom decidiu por unanimidade que a inflação deve ser contenida, com a taxa de fevereiro alcançando 1,31%, a mais alta para o mês desde o governo Lula.

Os principais fatores para o aumento da inflação são alimentação e energia, que continuam elevando os preços.

Para o Banco Central, a única opção é aumentar os juros, o que representa um desafio para Gabriel Galípolo, presidente do BC e aliado de Lula.

Enquanto isso, o governo injetando dinheiro na economia com programas de estímulo, aumentando gastos e distribuição de renda, complica o trabalho do BC.

Consequentemente, a política fiscal e monetária estão em direções opostas: o BC restrinja os juros, enquanto o governo tenta acelerar a economia.

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