Alta do azeite e vinho Pêra-Manca turbinam faturamento de vinícola portuguesa no Brasil
A Adega Cartuxa vê crescimento expressivo de vendas no Brasil, especialmente devido ao lançamento do renomado vinho Pêra-Manca. A expectativa é superar 30 milhões de euros em faturamento global em 2024, mas desafios no mercado brasileiro podem afetar os resultados futuros.
O vinho Pêra-Manca tinto, safra 2018, lançado em 2024, trouxe um incremento significativo ao faturamento da Adega Cartuxa no Brasil.
Com 6.000 garrafas comercializadas, o Pêra-Manca não tinha uma nova safra disponível desde 2021.
O nome do vinho é inspirado em pedras de granito na região de Évora, onde a empresa está localizada. Em 2023, o aumento do preço do azeite também contribuiu para os bons resultados.
Quase toda a produção foi vendida a outras empresas e o azeite com marcas próprias foi destinado apenas ao Brasil, onde os brasileiros representam 60% das visitas à adega.
Em 2024, o Pêra-Manca respondeu por quase 10% do faturamento total da empresa, que foi de 28,4 milhões de euros, um crescimento de 12% em relação a 2023.
No Brasil, o faturamento cresceu 43%, com 38% referentes a vendas de vinhos (1,4 milhão de garrafas) e 60% no azeite.
O diretor comercial alertou para desafios em 2025, devido à queda de preço do azeite e à possível falta de nova safra do Pêra-Manca. A expectativa é que o faturamento ultrapasse 30 milhões de euros neste ano.
A adega já vendeu quase toda a última edição do Pêra-Manca tinto, com 1.000 garrafas ainda disponíveis no Brasil por cerca de R$ 5.000 no varejo.
Seus custos incluem 60% a 70% de tributos. Em Portugal, o IVA do vinho é de 13%, e do azeite, de 6%.
Portugal é o terceiro maior fornecedor de vinhos ao Brasil, atrás da Argentina e Chile.