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Alta do juro impõe fardo ainda mais pesado à economia, diz CNI; veja o que dizem outras entidades

CNI e Abrainc criticam aumento da Selic, destacando impactos negativos na economia e no mercado imobiliário. FecomercioSP defende medida como necessária para conter a inflação e manter o consumo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 14,75% ao ano, o que, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “impõe um fardo ainda mais pesado à economia”.

A CNI acredita que a alta dos juros afetará negativamente o emprego, a renda e o bem-estar da população. O presidente, Ricardo Alban, alerta que a inflação está sendo controlada, mas a desaceleração econômica se intensificará.

A previsão da CNI é que o PIB cresça 2,3% neste ano, uma queda de 1,1 ponto porcentual em relação a 2024. O setor industrial deve ter uma expansão de 2% em comparação a 3,3% do ano anterior.

A entidade destaca quatro fatores contra novas altas da Selic, incluindo a defasagem dos efeitos da política monetária e a taxa de juros real já alta, que poderia controlar a inflação.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) também criticou a decisão, afirmando que ela impactará o mercado imobiliário e dificultará o acesso ao crédito, tornando a moradia menos acessível. Defendem que um controle dos gastos públicos é necessário para a redução sustentável dos juros.

A FecomercioSP, por outro lado, considera a elevação necessária devido à escalada da inflação e à atividade ativa do mercado de trabalho, que mantém a demanda por serviços. Eles argumentam que o Copom atua corretamente para ajustar a economia e evitar a perda do poder de compra da população.

Além disso, o cenário internacional e a incerteza fiscal brasileira são fatores que complicam a situação econômica, reforçando as preocupações sobre o crescimento global e sua relação com a política monetária do Brasil.

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