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Alta nas fraudes: Sindicom pede pausa na mistura do biodiesel no diesel à ANP

Sindicom solicita suspensão da adição de biodiesel em razão de fraudes generalizadas. O sindicato alerta que irregularidades na composição do produto comprometem a confiança do setor e geram danos econômicos.

Sindicom pede suspensão da adição de biodiesel no diesel

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) protocolou um ofício na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), solicitando a suspensão temporária de 14% na mistura de biodiesel no óleo diesel por até 90 dias.

A razão principal deste pedido é o aumento de fraudes na composição do produto. Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, 46% dos mais de 100 testes realizados pelo setor mostraram irregularidades.

Estados como SP, BA, MG, GO e PR são os mais atingidos. O setor de produção de biodiesel já havia notificado a ANP sobre fortes quedas nos volumes retirados, indicando problemas na qualidade do produto.

As fraudes podem resultar em ganhos ilegais de até R$ 0,22 por litro e afetam toda a cadeia de combustíveis, incluindo distribuição e postos.

O aumento de 41% no preço do biodiesel em 2024, em contraste com apenas 2% do diesel puro, facilitou a ascensão dessas fraudes.

A ANP já fechou 5 distribuidoras como parte de ações de fiscalização, mas limitações orçamentárias dificultam mais verificações.

Para aumentar a fiscalização, o Sindicom apoia a Frente Parlamentar do Biodiesel na busca de recursos e equipamentos. Segundo Mozart Rodrigues Filho, diretor executivo do Sindicom, a Lei do Combustível do Futuro prevê um aumento de 1% ao ano de biodiesel até 2030, alcançando 20% nesse ano.

“É momento de estruturar o país para isso, com benefícios para o meio ambiente e combate ao crime organizado,” finalizou Rodrigues Filho.

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