Alta no preço do café reflete clima que afeta oferta do Brasil e do Vietnã, diz FAO
Interrupções na oferta de café devido a condições climáticas adversas no Brasil e Vietnã fazem preços dispararem. A demanda crescente e os custos de envio também contribuem para a elevação dos preços ao consumidor.
Avanço nos preços do café: Relatório da FAO destaca que a alta está ligada a interrupções na oferta devido a condições climáticas ruins no Brasil e Vietnã.
A previsão é de que aumentos de preço repassados aos consumidores durem mais, mesmo com possíveis quedas nas cotações.
El Mamoun Amrouk, economista da FAO, afirmou: “2024 foi a tempestade perfeita para impulsionar os preços...”. Ambos os países respondem por mais de metade da produção mundial.
- Seca no Vietnã: 20% de queda na produção da safra anterior.
- Clima no Brasil: Revisões para baixo da produção, com queda estimada de 1,6%.
- Aumento nos preços: Novos incrementos podem ocorrer se a produção continuar a cair.
Embora o Vietnã tenha uma perspectiva positiva, o Brasil deve enfrentar uma queda de 4,4% na produção devido à seca prolongada.
No cenário de demanda, o consumo global aumentou, pressionando ainda mais a oferta. Mercados desenvolvidos mantêm a demanda, enquanto emergentes crescem.
Custos de envio e aumento nas commodities refletem nos preços ao consumidor, com um aumento de 6,6% nos EUA e 3,8% na UE em dezembro de 2024.
Os futuros de café arábica subiram mais de 20% em 2025, atingindo um recorde de 438 cents por libra-peso em fevereiro.
Resumo: O aumento nos preços do café será sustentado, impulsionado por problemas de oferta e demanda crescente.