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Aluguel de imóveis sobe 12,92% em 12 meses, mais do que o dobro da inflação; veja onde mais subiu

Crescimento acentuado nos preços de aluguéis é impulsionado pelos aumentos da Selic e queda na oferta de imóveis. A capital paulista enfrenta alta nos valores de locação, afetando principalmente a classe média, que depende de financiamentos.

Aumento da taxa Selic gera impacto no mercado imobiliário

Os sucessivos aumentos da Selic encareceram o financiamento imobiliário, resultando em elevações nos preços de aluguéis no Brasil.

  • Índice FipeZap: variação de preços em 12 meses até fevereiro foi de 12,92%, superior ao IPCA (5,06%) e ao IGP-M (8,44%).
  • São Paulo: preço médio do m² para aluguel é de R$ 59,19, com alta de 12% em 12 meses.
  • Imóveis nos bairros Itaim Bibi e Pinheiros têm aluguéis médios de R$ 91,70 e R$ 90,90, respectivamente.

A economista Paula Reis destaca que o início do ano traz alta demanda e baixa oferta, resultando em aumento de preços. Apesar disso, ocorre uma desaceleração nos reajustes em relação aos últimos anos.

  • A variação acumulada em 12 meses do Índice FipeZap de venda residencial em São Paulo é crescente desde setembro de 2024.
  • Os bairros com maior valorização foram Jardins (22,2%), Campo Belo (21,3%), Jardim da Saúde (20,6%), Santana (20,1%) e Moema (18,2%).

O maior aumento foi em Salvador, com alta de 34,61% nos últimos 12 meses.

Paula ressalta que a aceleração do mercado de trabalho impulsiona a demanda por aluguéis. Em 2024, a taxa de desemprego caiu para 9,7% em comparação a 14,1% em 2023.

Distratos não devem aumentar, pois são mais comuns em queda de preços.

Os reajustes de contratos são baseados no IPCA ou IGP-M, enquanto os novos valores de aluguéis referem-se a novos contratos.

A classe média é a mais afetada pelos aumentos, já que depende mais de financiamentos e não se beneficia de programas sociais com renda acima de R$ 8 mil.

Gustavo Favaron, presidente do GRI Club, pede repensar as políticas de moradia, já que a oferta de imóveis não está acompanhando a demanda.

  • Enquanto isso, os imóveis se tornam ativos mais rentáveis, com São Paulo apresentando uma rentabilidade de 6,16% ao ano para aluguéis.
  • As cidades mais lucrativas para aluguel são Belém (8,41%), Santos (8,37%) e São Luís (8,01%).

A reforma tributária prevista para 2028 afetará proprietários com lucros anuais superiores a R$ 240 mil.

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