Alvo de Trump, Pix Internacional avança nos EUA
A iniciativa pioneira do Pix Internacional oferece aos turistas brasileiros a possibilidade de efetuar pagamentos em reais nos EUA, facilitando compras sem a necessidade de cartões de crédito. Esta expansão ocorre em um momento de crescente demanda por soluções de pagamento ágeis e de baixo custo, mesmo diante de críticas e investigações sobre o sistema.
Pix Internacional é lançado nos EUA, permitindo que turistas brasileiros façam compras em reais.
Em meio a críticas do presidente Donald Trump e investigações sobre o Pix, o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, criado pelo Banco Central, avança internacionalmente.
A parceria entre PagBrasil e Verifone trouxe a possibilidade de aceitação de pagamentos em reais nas "maquininhas" dos EUA. Agora, quase 2 milhões de brasileiros que visitam os Estados Unidos anualmente poderão pagar sem cartão de crédito.
Ao digitar o valor da compra em dólares, a maquininha gera um QR Code. O consumidor escaneia com o aplicativo do banco brasileiro e vê o valor convertido, já com o IOF de 3,5%.
Vantagens para lojistas:
- Taxa de transação em cerca de 2%, contra 2% a 3% de cartões de crédito.
- Eliminação de contestações de pagamento, reduzindo custos operacionais.
Madhu Vasu, da Verifone, destacou que essa solução é um "divisor de águas" para atrair turistas brasileiros, que gastam cerca de US$ 4,1 bilhões por ano nos EUA.
A tecnologia funciona com sistemas de pagamento existentes, sem necessidade de atualizações de hardware. O CEO da PagBrasil, Ralf Germer, ressaltou que a expansão do Pix é uma resposta à demanda por métodos rápidos e seguros.
O momento é estratégico, com a expectativa de 6 milhões de turistas estrangeiros para a Copa do Mundo de 2026.
Desde seu lançamento em novembro de 2020, o Pix revolucionou o sistema bancário, com movimentação de R$ 26,455 trilhões em 2022. Contudo, as práticas do modelo brasileiro podem impactar os negócios de empresas americanas, conforme relatório do USTR.
A investigação menciona que o Brasil favorece seus serviços de pagamento eletrônico, o que poderia afetar a competitividade das empresas dos EUA.