Ameaça à oferta de petróleo reforça necessidade de Brasil ampliar reservas, diz gerente da Firjan
A escalada do conflito no Oriente Médio pode resultar em aumento significativo nos preços do petróleo e impactos diretos em diversas indústrias. Especialistas alertam para a necessidade de ampliar as reservas e a capacidade de refino do Brasil para mitigar os efeitos da alta.
Rio de Janeiro: O encarecimento do petróleo no mercado internacional é previsto devido ao agravamento do conflito no Oriente Médio, especialmente após o ataque dos EUA a instalações nucleares no Irã.
A gerente geral de Petróleo, Karine Fragoso, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), alertou que isso pode aumentar os custos de produção e elevar preços de derivados do petróleo.
Fragoso destacou o risco do possível fechamento do Estreito de Ormuz, uma chave rota de fornecimento, que pode afetar outras cadeias de produção.
“Como importadores de equipamentos, seremos impactados pela alta de preços resultante da redução da oferta de energia”, afirmou.
Ela também mencionou que o mercado já enfrenta preços altos e que a manutenção da demanda pode levar a custos ainda mais elevados.
Fragoso enfatizou a necessidade de recompor reservas, que atualmente têm menos de 13 anos, um risco para a economia brasileira, que tinha 23 anos de reservas há dez anos.
Ela defendeu a exploração das cinco bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, além de aumentar a capacidade de refino e adequar a indústria, que é antiga, visando campos maduros como os da Bacia de Campos.