HOME FEEDBACK

Ameaças a professores e alunos nas redes crescem 140% em 3 anos

Crescimento alarmante nas ameaças online a alunos revela uma mudança na dinâmica do cyberbullying e expõe a vulnerabilidade de jovens em um mundo digital cada vez mais agressivo. A pesquisa aponta para a necessidade urgente de uma resposta coletiva para proteger estudantes da violência virtual.

Crescimento de ameaças em escolas brasileiras: Postagens com ameaças a alunos, professores e diretores aumentaram 140% de 2021 a 2024, passando de 43.830 para 105.192 ameaças. O ano de 2025 já registra 88.000 posts até 21 de maio.

A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a Timelens, revela uma mudança na circulação dos conteúdos: em 2023, 90% das mensagens de ódio estavam na deep web; em 2025, esse percentual caiu para 78%.

Cyberbullying: Meninos e meninas sofrem na mesma proporção (12%), mas 17% dos meninos admitem comportamento agressivo, comparado a 12% das meninas. Exaltação a autores de ataques em escolas aumentou de 0,2% em 2011 para 21% em 2025.

A pesquisadora Manoela Miklos destaca a necessidade de responsabilidade compartilhada entre Estado, escolas, famílias e sociedade para combater a “raiva silenciosa” nas plataformas. 95% das meninas têm amigos próximos para desabafar, contra 85%% dos meninos. Menos de 50%% dos jovens estão satisfeitos com sua imagem corporal.

Renato Dolci, da Timelens, alerta que “quando o algoritmo substitui o afeto, o risco deixa de ser virtual”. Ele aponta que os jovens estão formando suas identidades em espaços que valorizam o exagero.

A pesquisa também analisou a sexualização precoce entre estudantes do 9º ano. A relação sexual entre meninas aumentou de 19% em 2015 para 22,6% em 2019; entre meninos, diminuiu de 35%% para 34,6%%. Isso gera pressão adicional sobre os meninos.

Leia mais em poder360