Americanas: Em nova denúncia, MPF contabiliza 28 manobras fraudulentas e organização entre ex-executivos
Ex-executivos da Americanas são denunciados por fraudes de R$ 22,8 bilhões. O MPF identificou manobras organizadas que causaram danos de R$ 8,4 bilhões aos acionistas.
Ministério Público Federal (MPF) denunciou ex-executivos da Americanas por 28 "manobras fraudulentas".
As acusações incluem organização criminosa, manipulação do mercado de capitais, uso indevido de informações privilegiadas e falsidade documental.
O MPF afirma que o grupo buscava manter alta na cotação das ações para obter lucros indevidos, gerando um dano de R$ 8,4 bilhões aos acionistas, com uma fraude total de R$ 22,8 bilhões.
Cinco fraudes principais foram detalhadas pelo MPF:
- Inserção de receitas fictícias de Verba de Propaganda Cooperada (VPC)
- Registro falso de geração de caixa
- Melhora artificial de indicadores
- Classificação de despesas como investimentos
- Omissão de despesas e ausência de divulgação de créditos tributários
O MPF destacou a divisão de tarefas entre os executivos, com Miguel Gutierrez liderando as fraudes. Apenas alguns executivos tinham conhecimento detalhado das manobras.
Laudos indicaram que, em agosto de 2019, um prejuízo de R$ 46,9 milhões foi manipulado para um lucro de R$ 18,3 milhões.
Fábio Abrate, ex-diretor, confirmou o conhecimento sobre as fraudes e explicou a triangulação no risco sacado, onde a empresa antecipava créditos a fornecedores.
A defesa de Gutierrez não comentou. As defesas dos outros executivos não foram localizadas.