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Americanas volta a fazer risco sacado com bancos; valor soma R$ 56 milhões

Americanas espera concluir recuperação judicial no prazo de dois anos, seguindo as regras estabelecidas. A empresa registrou um prejuízo de R$ 496 milhões no primeiro trimestre, mas conta com melhor desempenho na reestruturação.

Americanas anunciou que empresas sob recuperação judicial, como a sua, ficam sob supervisão da Justiça por cerca de dois anos, conforme a Lei 11.101/2005. O prazo pode ser prorrogado para permitir a reestruturação. Camille Faria, diretora financeira, afirmou que estão seguindo as regras e não veem motivo para não concluir a recuperação no prazo.

A Americanas fez o pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023, aceito pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 19 de janeiro. O plano foi homologado no fim de fevereiro de 2024.

A companhia retomou o acesso a crédito e firmou acordos com bancos para liquidação antecipada com fornecedores usando a prática conhecida como risco sacado. Investigações indicaram que essa ferramenta foi utilizada em fraudes anteriores. O total de operações de risco sacado era de R$ 56 milhões até o final de março.

Em relação à Páscoa, a Americanas estocou quase R$ 1 bilhão em produtos, mas as vendas ocorreram apenas em abril, afetando o caixa. A empresa reportou um aumento de 14,2% nas vendas de "mesmas lojas" de janeiro a abril, apesar do prejuízo de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2024, em contraste com um lucro de R$ 453 milhões no mesmo período do ano anterior.

A Americanas tem R$ 1,8 bilhão em dívida bruta, mas suas disponibilidades e recebíveis totalizam R$ 2,1 bilhões, resultando em um caixa líquido de R$ 268 milhões. O presidente Leonardo Coelho destacou que a empresa ainda está em processo de reestruturação, mas está mais próxima de sua conclusão.

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