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Amorim defende que Brasil mantenha relações mínimas com Israel

Celso Amorim propõe que Brasil entre na ação da África do Sul por genocídio e critique a atuação de Israel. Ele também lamenta a ausência de Xi Jinping na cúpula do Brics e critica o afastamento dos EUA do multilateralismo.

Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, sugeriu que o Brasil não aceite a indicação de um novo embaixador israelense e que ingresse na ação por genocídio movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça.

As declarações foram feitas em entrevista à Folha de S. Paulo publicada em 4 de julho de 2025. Amorim afirmou: “a posição correta hoje é entrar como parte na ação da África do Sul por genocídio e manter as relações em níveis mínimos”.

Sobre a resposta de Israel ao ataque do Hamas, classificou como “totalmente desproporcional”. Destacou que “matar 2.000 pessoas é horrível, mas matar 60 mil ou 70 mil, incluindo mulheres e crianças, é impensável”.

Amorim também fez uma distinção entre o povo judeu, o Estado de Israel e o governo de Netanyahu, afirmando que este último está praticando um genocídio.

Na entrevista, comentou a ausência do presidente chinês Xi Jinping na cúpula do Brics, lamentando sua falta e ressaltando a importância de suas decisões no cenário global.

Ele criticou o afastamento dos Estados Unidos do multilateralismo sob Donald Trump, afirmando que é surpreendente que a maior potência do mundo tenha abandonado esse sistema e defendendo o papel do Brics na sua manutenção.

Por fim, sobre possíveis sanções americanas contra ministros do Supremo Tribunal Federal, Amorim considerou a ideia “absurda e inaceitável” e afirmou que haveria medidas em resposta, se isso ocorresse.

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