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Amorim diz que acordo entre Trump e Europa não tem comparação com tarifaço sobre o Brasil

Celso Amorim defende que a comparação entre os acordos comerciais dos EUA com a UE e as tarifas impostas ao Brasil é inadequada. O governo Lula busca mitigar os efeitos das sanções americanas enquanto aguarda uma resposta a propostas de diálogo comercial.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, afirmou que não se deve comparar o acordo EUA-UE com as tarifas de até 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

O governo Lula argumenta que há tentativas de incluir processos do Judiciário brasileiro nas negociações. Trump, ao anunciar as tarifas, criticou o STF e mencionou Bolsonaro.

Ainda neste domingo, Trump divulgou um acordo preliminar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que inclui tarifas de 15% sobre exportações europeias e contrapartidas bilionárias.

Sobre a pressão para o Brasil avançar em negociações comerciais, Amorim disse: "Não creio que o Brasil será pressionado por ações entre terceiros."

Os EUA firmaram acordos com Japão, Reino Unido, Vietnã, Indonésia, Filipinas e uma trégua com a China. O Brasil, contudo, espera resposta a uma carta enviada em maio e teme a aplicação das tarifas em 1º de agosto, afetando produtos como carne bovina, café e suco de laranja.

O governo Lula considera as tarifas unilaterais e sem base técnica, buscando reverter a situação através da diplomacia. Assessores comentam que os EUA querem discutir assuntos do Judiciário brasileiro como parte das negociações, o que é visto como chantagem.

Desde o anúncio das sobretaxas, Trump tem criticado a Suprema Corte do Brasil e a investigação sobre Bolsonaro. O governo Lula busca negociar apenas questões comerciais e enviou uma carta solicitando informações sobre produtos de interesse, sem resposta até o momento.

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