Amorim diz que EUA querem fortalecer direita na América Latina
Celso Amorim critica tarifas americanas sobre produtos brasileiros e aponta desafios na diplomacia. Ele defende a diversificação de mercados e o fortalecimento da integração latino-americana como resposta a interesse político e econômico dos EUA.
Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, comentou sobre o aumento das tarifas dos Estados Unidos aos produtos brasileiros, afirmando que é uma mistura de interesses políticos e econômicos.
Ele destacou que o governo brasileiro enfrenta dificuldades em contatar os decisores nos EUA. Amorim disse: “Os canais não estão fechados... é preciso que os dois queiram negociar.”
O assessor enfatizou que o governo protegerá a economia brasileira e a dignidade do país, não aceitando ataques ao STF.
Amorim criticou a abordagem de Donald Trump ao misturar política e economia na carta enviada a Lula, e comentou sobre a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro e da extrema direita norte-americana.
Sobre a resposta da América Latina à nova política dos EUA, ele sugeriu diversificar mercados e fortalecer a integração regional.
Amorim afirmou ainda que a perda de espaço do dólar no mercado internacional é natural, citando a ampliação do uso de moedas locais como uma das bandeiras do Brics.
Ele concluiu que a mudança na aceitação do dólar como moeda de reserva está ligada ao sistema multilateral e que a diversificação é essencial para a independência econômica.