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Amorim vê revogação de vistos como provocação para ações “mais absurdas” dos EUA

Celso Amorim critica decisão dos EUA de revogar vistos de servidores brasileiros, considerando-a uma "provocação". O governo brasileiro avalia as opções de resposta, buscando preservar a diplomacia apesar das tensões crescentes.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência, classificou a decisão dos EUA de revogar vistos de dois servidores brasileiros como “total irracionalidade” ou provocação. A medida gerou tensão diplomática entre Brasília e Washington.

A revogação foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e atinge Mozart Sales e Alberto Kleiman, ligados ao programa Mais Médicos e à COP30, respectivamente.

Washington alega que ambos facilitaram a participação de médicos cubanos, desconsiderando sanções contra Havana. O Palácio do Planalto interpreta a ação como uma tentativa da Casa Branca de provocar uma reação e justificar novas sancões.

Medidas possíveis incluem a expulsão do encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, ou a convocação da embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti.

Ainda assim, o Brasil tende a manter a via diplomática. Um alto escalão indicou que, embora a situação seja tensa, Brasília busca responder com moderação para preservar negociação, especialmente no comércio.

Escobar já foi chamado ao Itamaraty várias vezes para receber protestos de autoridades brasileiras, incluindo queixas sobre postagens ofensivas contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

A representação dos EUA referiu-se a Moraes como “arquiteto da censura” e citou sanções aplicadas com base na Lei Magnitsky. Em resposta, o governo brasileiro rechaçou as ingerências e afirmou que sua democracia não cederá a pressões externas.

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