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Ana Botín pede governos mais ‘pró-empresas’. “Não quero nadar com pedras nos bolsos”

Ana Botín destaca desafios regulatórios e tributários que afetam a competitividade do Santander na Europa. Ela defende uma abordagem mais favorável às empresas para estimular investimentos e crescimento econômico, especialmente na América Latina.

Santander começa o ano em alta

A operação global do Santander teve um início promissor em 2024, com as ações subindo cerca de 35% desde janeiro. O banco ultrapassou o UBS e se tornou o segundo maior da Europa, atrás apenas do HSBC.

O lucro do banco superou as expectativas, alcançando um recorde, e o retorno sobre ativos tangíveis atingiu 16,3%, com perspectivas de chegar a 17% ainda este ano.

No entanto, Ana Botín, presidente-executiva do Santander, reclama de um ambiente competitivo desigual. Em conferência em Nova York, ela afirmou: "Quero nadar como os outros, não com pedras nos bolsos."

Botín critica a regulação excessiva e os sistemas tributários desiguais na Europa e na América Latina, que geram um sobrecusto para os bancos. Ela destacou que o cost of equity é mais elevado nesses mercados.

A executiva acredita que o mundo precisa de mais investimentos e que os governos devem apoiar mais as empresas. Em relação aos Estados Unidos, indicou que as tarifas podem aumentar a inflação e afetar o consumo, além de desacelerar a economia global.

Sobre a América Latina, Botín vê uma oportunidade de abertura de novos mercados através de acordos comerciais. No Brasil, seu maior mercado, ela avaliou que "o trend é positivo", apesar da volatilidade.

Concluindo, afirmou que "os pontos mais baixos são sempre mais altos do que antes."

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