HOME FEEDBACK

Análise: conversa em aplicativo vista 'acidentalmente' por jornalista seria amostra de como funciona círculo íntimo de Trump

Jornalista acidentalmente incluído em grupo secreto revela detalhes sobre planos de ataque dos EUA ao Iêmen. A Casa Branca investiga como a inclusão ocorreu, enquanto a ofensiva contra os houthis continua.

Casa Branca admite erro: um jornalista foi adicionado acidentalmente a um grupo no Signal, onde autoridades discutiam ataques militares ao Iêmen.

O jornalista Jeffrey Goldberg da revista Atlantic relatou que foi incluído no grupo, que contava com o vice-presidente JD Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth.

Goldberg teve acesso a planos militares confidenciais, incluindo detalhes sobre armas e cronograma de ataques, duas horas antes da primeira ofensiva, lançada em 15 de março.

Um membro do grupo houthi afirmou que 53 pessoas morreram nos ataques. A ofensiva dos EUA prossegue, com novos ataques confirmados entre 23 e 24 de março.

O jornalista recebeu um convite de conexão de uma conta atribuída ao conselheiro de segurança nacional Michael Waltz e observou que discussões apontavam para discordâncias sobre a ação militar.

Embora JD Vance demonstrasse apoio público ao presidente Trump, em conversas privadas expressou preocupações sobre a ação. Ele disse que o governo cometia um "erro" ao atacar, argumentando que o perigo representado pelos houthis era menor para os EUA.

O porta-voz de Vance afirmou que ele apoia a política externa do governo, e Trump disse não ter conhecimento do relato de Goldberg, elogiando os ataques como "altamente bem-sucedidos".

O Conselho de Segurança Nacional considerou a troca de mensagens como autêntica e está revisando como o jornalista foi adicionado ao grupo.

Goldberg expressou ceticismo sobre o uso do Signal para planos de guerra iminentes e documentou a confirmação dos bombardeios enquanto estava em um supermercado.

O presidente Trump denunciou os houthis em postagens, e outros membros do governo ressaltaram a força dos ataques.

*Com informações adicionais de Kayla Epstein, da BBC News*

Leia mais em bbc