Análise | Dívida do Master já pode ter subido quase R$ 1 bilhão desde anúncio da operação com o BRB
Dívida do Banco Master cresce rapidamente e pode ultrapassar R$ 1 bilhão em menos de um mês, aumentando a pressão sobre sua venda para o BRB. O futuro da instituição torna-se incerto, enquanto negociações para ativos continuam em andamento.
Operação de venda do banco Master apresenta urgência
A dívida do banco Master pode ter aumentado quase R$ 1 bilhão desde o anúncio da operação com o BRB em 28 de março.
Com base no balanço de 2024, o Master possui R$ 49,24 bilhões em passivos relacionados a "depósitos interfinanceiros" e "depósitos a prazo".
Se a taxa média considerada for de 130% do CDI, a dívida poderá ter crescido R$ 837 milhões em apenas 25 dias úteis. Este cálculo, feito por um especialista anônimo, evidencia a urgência na operação.
O aumento das dívidas é devido às altas taxas de juros, com o Master comprometido a pagar 18,52% ao ano, enquanto a Selic está em 14,25%.
Além disso, o banco investiu em ativos arriscados, como ações de empresas instáveis e precatórios, para enfrentar esse fluxo elevados de dívidas.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) está em alerta, pois a dívida crescente do Master pode aumentar a conta a ser paga por ele.
Atualmente, o Master busca compradores para ativos fora da operação com o BRB, que já concluiu os detalhes da negociação. O BRB descartou R$ 33 bilhões em ativos, incluindo carteiras de crédito “concentradas” com garantias questionáveis.
Ainda resta a dúvida sobre os passivos que o BRB irá herdar, já que ele poderá escolher ativos a serem comprados, mas os passivos correspondentes permanecem incertos. O presidente Paulo Roberto Costa garantiu que esse cronograma não pressionará o banco público.