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Análise: Dólar perde fôlego global com incorporação de risco EUA

Dólar enfrenta surpreendente queda global após início do segundo mandato de Trump, contrariando expectativas de valorização. A combinação de percepções de risco e política fiscal nos EUA afeta as projeções para a taxa de câmbio BRL/USD.

Dolar apresenta trajetória de baixa global desde início do segundo mandato de Donald Trump, contrariando expectativas de valorização.

Fatores como juros elevados e aversão ao risco inicialmente apoiavam o dólar, mas a percepção de risco para ativos americanos piorou.

Em 2025, o dollar index atingiu pico histórico, mas recuou 4,9% desde então, apesar de estar 3,2% acima da média dos últimos cinco anos.

A correção do dólar pode se aprofundar, apesar de sua valorização se manter alta em termos históricos.

A paridade descoberta de juros sugere que a valorização do dólar era esperada, porém, mudanças na política de Trump têm aumentado o risco percebido em relação aos EUA.

A proposta de reforma fiscal e a postura agressiva do governo também alimentam essa insegurança. O resultado é uma combinação inédita de juros altos e dólar em baixa.

O Credit Default Swap (CDS) dos EUA indica aumento do risco, com níveis compatíveis a ratings mais baixos.

Com um dólar globalmente mais fraco, ajustes nas projeções de taxa de câmbio BRL/USD são necessários. A expectativa para o final deste ano foi alterada de R$ 5,90 para R$ 5,70.

Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria, alerta para a combinação de fatores de incerteza, tanto externos quanto internos.

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