ANÁLISE: energia dos campos, o superpoder brasileiro subestimado
A combinação de altas temperaturas e falta de chuvas pode impactar negativamente a produção de cana-de-açúcar, conforme alertou o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba. Especialistas veem a situação como uma ameaça ao setor agrícola e à autonomia energética do Brasil.
Safra de cana-de-açúcar pode perder produtividade se a onda de calor e a falta de chuvas se prolongarem, segundo o vice-presidente da Coplacana de Piracicaba.
O temor por novas guerras no Oriente Médio pode elevar os preços do petróleo, impactando a inflação e forçando bancos centrais a aumentar juros, potencialmente levando a uma estagnação econômica mundial.
No Brasil, este cenário é visto com menos gravidade, pois o país é um grande produtor de petróleo e a agricultura atende à demanda energética nacional, com 30% da eletricidade e combustíveis provenientes do agronegócio.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que na agricultura, a energia é gerada de várias maneiras, como:
- Cana-de-açúcar para etanol
- Milho e soja para biodiesel
- Incinerar biomassa para energia elétrica
- Transformar resíduos em biogás
A produção de etanol de milho cresce, e projetos de combustível de aviação sustentável estão em andamento.
A autonomia energética no Brasil, menos reconhecida na Europa, se torna crucial diante de reviravoltas geopolíticas. O Brasil é basicamente independente energicamente, com uma matriz sustentável e descentralizada.
Entretanto, sua imagem internacional é afetada pela devastação da Amazônia. O Brasil deve atuar mais defensivamente em sua soberania energética, já que seu modelo pode servir de exemplo para outros países agrários emergentes.
Enquanto o Brasil não reconhecer sua responsabilidade nos desmatamentos, sua reputação seguirá negativa nas arenas internacionais, impactando sua posição como pioneiro ambiental.