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Análise | Fim de governo pode ter muita inflação, juro alto e estagnação

Perspectivas desanimadoras para a economia brasileira refletem a pressão dos juros altos e a gestão fiscal enfraquecida. Especialistas alertam que o crescimento previsto para 2025 pode ser superado por desafios inflacionários e instabilidade política.

Projeção de crescimento econômico de 2025: estimativa em 1,99% segundo o boletim Focus, divulgado no início da semana.

Sete dias antes, a projeção do PIB era de 2,01%. O desempenho econômico até agora mostra algum dinamismo, apesar de um crescimento zero em janeiro.

A produção industrial cresceu 1,4% em relação ao ano anterior e acumulou 2,9% em 12 meses, de acordo com o IBGE. A Fiesp projeta um aumento de 1,3% no volume produzido pelo setor em 2025.

A prévia do PIB do Banco Central indica otimismo, com crescimento de 0,89% em janeiro e 3,82% em 12 meses. No entanto, o crescimento pode ser ameaçado por juros altos e gastos federais excessivos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece relutante em conter gastos, priorizando suas preferências políticas e interesses eleitorais, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, clama por responsabilidade fiscal, mas sem sucesso.

O Copom terá que agir sozinho contra a inflação, com a taxa de juros em 13,25% e expectativa de alta para 14,25% e até 15% ao final do ano. A inflação acumulada em dezembro de 2025 pode superar 5,5%, acima do teto da meta de 4,5%.

As projeções ainda indicam juros a 12,50% para o próximo ano, superiores aos níveis internacionais.

Resta saber se o presidente Lula estará disposto a enfrentar um cenário com inflação alta, juros elevados e crescimento econômico possivelmente abaixo de 2%.

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