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Análise: Governo quer arrecadar com leilão de petróleo, mas cumprir em 2025 é difícil

Economista da XP critica novas projeções do governo sobre receitas e despesas. Ele aponta incertezas na arrecadação com leilão de petróleo e pressões crescentes nas despesas com benefícios sociais.

Economista analisa relatório bimestral do governo federal

O último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias foi considerado por Tiago Sbardelotto, da XP, como tendo uma “visão menos realista” em comparação a relatórios anteriores.

Sbardelotto participou do programa Morning Call e criticou a inclusão de receitas incertas, como o leilão de áreas contratadas de petróleo, que deve arrecadar cerca de R$ 15 bilhões. O economista afirmou que a realização dessa receita é questionável e depende de várias etapas formais para 2025.

“Essa receita dificilmente se concretizará esse ano”, destacou ele, ressaltando que, mesmo se ocorrer, o valor pode não atingir os R$ 15 bilhões previstos.

O governo, segundo Sbardelotto, adotou uma premissa otimista sobre a arrecadação, o que permitiu a liberação de R$ 20,7 bilhões que estavam contingenciados. Assim, todos os blocos anteriores foram revertidos.

No entanto, em relação às despesas, ele afirmou que o crescimento, especialmente dos benefícios previdenciários e assistenciais, foi subestimado. O BPC (Benefício de Prestação Continuada) está aumentando a taxas acima da inflação.

O governo, segundo o economista, não fez revisões adequadas e manteve o bloqueio de gastos do relatório anterior. “Está mirando o limite inferior da meta de resultado primário e incluindo mais incertezas”, afirmou.

Apesar das incertezas, Sbardelotto acredita que o governo deve conseguir atingir a meta de resultado primário em 2025, visto que a arrecadação continua em alta e parte das despesas pode não ser executada.

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