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Análise: Haddad sai vitorioso da quebra de braço com Marinho no consignado privado

Ministro da Fazenda supera resistência de Luiz Marinho e define nova linha de crédito com liberdade para os bancos. Programa busca simplificar acesso ao consignado, prometendo benefícios para trabalhadores e o sistema financeiro.

Presidente Lula convocou os CEOs dos principais bancos do Brasil em janeiro para discutir o novo consignado privado.

Houve um impasse no governo:

  • Fernando Haddad (Ministro da Fazenda) defendia que os juros fossem definidos pelo mercado.
  • Luiz Marinho (Ministro do Trabalho) desejava tabelar os juros.

Resultados do encontro: Haddad venceu em todos os pontos.

  • Marinho tentou conectar o novo consignado ao fim do saque-aniversário do FGTS, mas falhou.
  • O governo quis usar 100% do saldo do FGTS como garantia, mas sem tabelar juros, e novamente Marinho perdeu.
  • A oferta do novo consignado deveria ser exclusiva da carteira de trabalho digital, mas os bancos argumentaram o risco de inviabilizar o produto.

No lançamento, Marinho destacou que, sem um teto de juros inicialmente, o governo poderá impor restrições caso haja abusos.

A Medida Provisória cria um Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado, que definirá parâmetros e condições dos contratos. O comitê contará com representantes da Casa Civil, Trabalho e Fazenda.

Preocupação é que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) limite os juros, como no consignado INSS, que dificultou concessões.

Apesar das disputas, o novo consignado privado é visto como uma manobra do governo em um momento de baixa popularidade de Lula, visando centralizar e simplificar processos.

Historicamente, o consignado teve receio inicial semelhante quando foi criado em 2003, mas hoje é um sucesso com um estoque de R$ 676 bilhões.

O novo consignado é lançado sob uma política monetária restritiva, mas pode beneficiar trabalhadores que trocarão dívidas mais caras por taxas mais baixas, resultando em menor inadimplência e maior eficiência financeira.

Haddad, conhecido como o “emprego mais difícil do mundo”, comemora sua vitória nesta batalha pela implementação do novo consignado privado.

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