Análise: Haddad sai vitorioso da queda de braço com Marinho no consignado privado
Governo avança na criação do novo consignado privado, ignorando propostas do Ministério do Trabalho. Ministros Haddad e Marinho divergem sobre juros e regras, mas a equipe econômica prevalece na implementação do programa.
Encontro entre Lula e CEOs dos bancos: Em janeiro, foi discutido o impasse sobre o novo consignado privado entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Trabalho, Luiz Marinho.
Posições divergentes: Haddad desejava liberdade de mercado para os juros, enquanto Marinho queria tabelar juros e vincular a criação do novo consignado ao fim do saque-aniversário do FGTS.
Vitória de Haddad: Marinho não conseguiu atrelá-los, nem garantir que o novo consignado fosse oferecido apenas pela carteira de trabalho digital.
Imposição de juros: No lançamento do programa, Marinho mencionou que o governo poderia impor restrições ao observar abusos pelos bancos.
Comitê Gestor: Uma MP cria um comitê com representantes da Casa Civil, Trabalho e Fazenda para gerenciar as operações de crédito consignado.
Preocupações com o futuro: Há receios de que o Conselho Curador do FGTS possa controlar os juros, como no caso do consignado INSS.
Contexto histórico: O consignado, criado em 2003, teve inicialmente desconfiança similar, mas hoje é um sucesso com R$ 676 bilhões em estoque.
Impacto da política monetária: O novo consignado surge em um momento de restrição, mas especialistas acreditam que a troca de dívidas poderá beneficiar clientes e bancos.
Desafio de Haddad: O cargo de ministro da Fazenda é desafiador, e Haddad celebra sua vitória na aprovação do novo consignado privado.