Análise | Inflação sobe de patamar com a gastança do governo e dá sinais de maior avanço
A inflação atinge 5,06% em 12 meses sob o governo Lula, refletindo a continuidade da alta de preços. Apesar da preocupação pontual do ministro da Fazenda, não há sinais de um esforço significativo para conter os gastos públicos.
Inflação em alta sob o governo Lula: A inflação atingiu 5,06% em 12 meses até fevereiro, refletindo um padrão de gastos do lulopetismo. A alta de preços já era visível em 2022, com oscilações, mas predominando na faixa de 4% até janeiro.
Entre 2001 e 2024, a inflação superou 4,5% em 18 anos. Projeções indicam um novo aumento, possivelmente acima de 5% ao final deste ano.
No Palácio do Planalto, a preocupação com a inflação parece escassa. O presidente Lula reagiu ao aumento do custo da cesta básica, implementando poucas medidas, como o corte de impostos na importação e recomendou produtos mais baratos.
Apesar do aumento do emprego e da renda familiar nos últimos dois anos, a economia perdeu vigor no final de 2024. O risco inflacionário continua elevado, mesmo com ações do Banco Central para conter crédito. A expectativa de uma supersafra de grãos pode levar ao arrefecimento dos preços, mas seu impacto será demorado.
O governo poderia intervir nas condições de mercado se mantivesse estoques adequados, uma prática que foi reduzida nos últimos anos. A administração fiscal parece desconsiderar a segurança financeira, mantendo um déficit federal dentro dos limites, mas sem esforços reais para conter gastos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstra preocupação com a revisão dos gastos, mas isso não se traduz em ações concretas. O presidente Lula, focado em interesses eleitorais, continua a priorizar o gasto público.