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Análise: Lua de mel dos bancos com Haddad acabou?

A relação entre Fernando Haddad e os bancos, até então sólida, mostra sinais de desgaste devido a medidas fiscais controvérsias. Buscando equilíbrio fiscal, a equipe econômica enfrenta críticas do setor financeiro enquanto se aproxima a eleição presidencial de 2026.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um dos poucos defensores da responsabilidade fiscal no governo, sempre teve boa relação com os bancos.

No entanto, essa relação começou a se deteriorar. Recentemente, os banqueiros se distanciaram do ministro por conta da falta de um plano para conter a dívida pública e pelo aumento de impostos ao invés da redução de gastos.

A situação é delicada para o setor financeiro, que não pode se afastar completamente de Haddad, visto que isso abriria espaço para a ala que defende um expansionismo fiscal antes da eleição de 2026.

Apesar do apoio de Isaac Sidney, presidente da Febraban, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou grande insatisfação. A Febraban se reuniu com o governo, mas Haddad não recuou efetivamente, levando Sidney a alertar sobre a situação insustentável.

Recentemente, o governo fez um recuo parcial na alíquota do IOF, mas também aumentou a tributação em outros setores. Durante o Febraban Tech, os CEOs do setor bancário pediram uma revisão das despesas para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal a partir de 2026.

Marcos Pinto e Dario Durigan, nomes relevantes na equipe econômica, também veem suas relações com os bancos esfriando.

Os bancos públicos têm sido mais ativos no novo consignado privado, gerando críticas sobre o superendividamento, enquanto a CSLL dos bancos foi mantida em 20% após eventuais ameaças de aumento.

A responsabilidade fiscal é a principal questão entre Haddad e os banqueiros, num cenário eleitorais cada vez mais incerto com a fragmentação da direita e a possível perda de apoio a Lula e Haddad.

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