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Análise: Meio político considera destino de Bolsonaro coisa julgada desde antes da denúncia

Julgamento no STF pode resultar em condenação de Jair Bolsonaro e afetar a unidade da direita nas próximas eleições. Governadores e deputados tentam se reposicionar diante da crescente pressão política e judicial sobre o ex-presidente.

A Primeira Turma do STF inicia hoje (25) o julgamento sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e 24 outros indivíduos por golpismo.

A aceitação da denúncia é considerada quase certa, podendo resultar na condenação de Bolsonaro ainda em 2023 e sua prisão no último trimestre do ano. O ex-presidente já está inelegível para 2026 e enfrenta dificuldades em manter a unidade da direita para futuras eleições.

O clima político é tenso, com governadores e deputados se movimentando. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, gravou um vídeo desafiando o Judiciário, enquanto Tarcísio de Freitas mostra seu alinhamento com Bolsonaro.

Após um comício com pouca adesão, o deputado Eduardo Bolsonaro anunciou sua mudança para os EUA, onde busca lobby a favor do ex-presidente. Outros governadores, como Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior, também estão se posicionando, dependendo do enfraquecimento de Lula.

Enquanto tenta paralisar os processos, Bolsonaro promove um projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. No entanto, a gravidade das acusações contra ele torna difícil a aprovação desta medida no Congresso, que sofre com a falta de apoio político.

Especialistas indicam que a proposta de anistia não possui votos suficientes e que Bolsonaro pode buscar uma estratégia semelhante à de Lula em 2018, registrando sua candidatura com um vice confiável, mas a eficácia dessa manobra é incerta.

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