Análise | O homem de Trump na economia e ex-operador de Soros que procura ‘dar lógica’ às ideias do chefe
Críticas globais se intensificam após anúncio do "tarifaço" dos EUA, com analistas e políticos questionando a estratégia de Trump. Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, defende as medidas tarifárias como uma tentativa de reequilibrar as relações comerciais e garantir a segurança econômica americana.
Trump e o "tarifaço": reações e impactos globais
O presidente dos EUA, Donald Trump, enfrenta críticas em relação ao aumento de tarifas comerciais, especialmente visando a China, que geraram preocupações sobre uma possível guerra comercial. O déficit anual com a China é estimado em US$ 300 bilhões.
A "Síndrome do Transtorno de Trump" (TDS) foi intensificada, refletindo a insatisfação com suas políticas. As decisões do presidente são vistas como imprevistas e improvisadas, com analistas descrevendo suas táticas como um "show de amadorismo". Críticos, incluindo membros do Partido Republicano, afirmam que o aumento das tarifas terá consequências negativas na economia americana.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, tem buscado redirecionar o discurso, defendendo a lógica das tarifas como parte de uma caixa de ferramentas econômica. Ele destaca a necessidade de novas negociações comerciais e afirma que as tarifas podem ser temporárias.
Bessent, que se destaca como um "adulto na sala", enfatiza a importância de uma estratégia econômica mais equilibrada, ligando segurança e comércio. Ele acredita que os EUA estão em um ponto de transformação, comparando a situação atual a momentos históricos como o Bretton Woods.
Além disso, ele argumenta que a China terá mais a perder em uma guerra comercial, considerando que suas exportações para os EUA representam uma parcela significativa de seu PIB. Bessent também discute a possível reestruturação do sistema econômico global, prevendo que a manufatura americana ganhará protagonismo.
O impacto do "tarifaço" ainda gera incertezas no mercado, com oscilações nos índices financeiros. Apesar disso, Bessent observa uma recuperação no emprego e um otimismo moderado em relação à economia, defendendo que ajustes tarifários podem resultar em crescimento não inflacionário.
Ele reafirma a política de um dólar forte e minimiza preocupações sobre inflação, sugerindo que a absorção das novas tarifas pelos fabricantes pode evitar aumentos de preços significativos. Para ele, um foco em produção local é essencial para fortalecer a economia dos EUA.
De forma geral, Bessent visa posicionar os Estados Unidos em uma nova ordem econômica, desafiando a hegemonia chinesa e buscando garantir a segurança nacional por meio de políticas econômicas que fortaleçam a indústria americana.