Análise | Pare de entrar em pânico. As tarifas de Trump ainda podem funcionar

Dia da Libertação marca um novo esforço para reordenar o sistema econômico internacional, necessária para enfrentar desequilíbrios que resultaram em desindustrialização e déficits comerciais nos EUA.

A ação do presidente Donald Trump levou a pânico nos mercados, e surgiram preocupações sobre a falta de tempo para adaptação das empresas e aliados, clareza nos objetivos e permanência das tarifas.

A tarifa global de 10% deve ser transformada em lei rapidamente para garantir sua permanência e gerar receita fiscal. O Built USA Act foi proposto por Jared Golden, um democrata conservador.

As tarifas específicas por país devem ser aumentadas gradualmente, permitindo adaptação por parte dos mercados. A comunicação clara da visão e objetivos de Trump é crucial para a confiança e ação.

A China é um alvo prioritário: Trump aumentou tarifas para 54% e ameaça mais 50%% se não recuar. Uma abordagem menos abrupta, aumentando tarifas em etapas, é sugerida.

As tarifas recíprocas, sujeitas a negociações, devem ser claramente articuladas para evitar custos excessivos e dar tempo às empresas. Uma carência de seis meses poderia ser oferecida para que países apresentassem suas melhores ofertas.

O objetivo é eliminar desequilíbrios comerciais dentro de um bloco liderado pelos EUA, excluindo a China e países com superávits excessivos. Stephen Miran, da Casa Branca, enfatiza a ligação entre compromissos de segurança e econômicos.

A administração também deve focar em políticas industriais para apoiar a reindustrialização, aumentando rapidamente a capacidade de produção, expandindo exportações e substituindo importações. Será essencial investir em infraestrutura e força de trabalho.

Os primeiros dias de uma guerra são críticos, e a habilidade de adaptação é vital para alcançar os objetivos estabelecidos. A próxima fase nos planos de Trump será crucial.