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Análise: Petróleo não deve cair abaixo de US$ 60, mas Petrobras fica exposta ao preço

Analista destaca que a volatilidade do petróleo influencia diretamente os resultados da Petrobras, que ficaram ligeiramente abaixo das expectativas da XP. Apesar dos desafios, a empresa manteve controle da alavancagem e apresentou lucros acima do previsto.

Análise do resultado da Petrobras no 1T25

O resultado da Petrobras (PETR3; PETR4) no primeiro trimestre de 2025 foi discutido por Regis Cardoso, analista de óleo e gás da XP, no programa Morning Call nesta terça-feira (13).

A volatilidade do barril do petróleo tem impactado mais as perspectivas da empresa do que questões internas. Segundo Cardoso, “o petróleo tem sido muito volátil desde o início de abril devido a anúncios de tarifas e incertezas sobre o crescimento do PIB global”.

Essas tarifas foram anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, afetando o comércio internacional. Cardoso enfatizou que "as empresas locais estão expostas a esse preço internacional". Ele também afirmou que não acredita em uma queda do petróleo abaixo de US$ 60, mas reconheceu a incerteza do mercado.

Os resultados da Petrobras no 1T25 foram ligeiramente abaixo das expectativas da XP, mas não tão surpreendentes como no quarto trimestre de 2024, que teve um impacto negativo na distribuição de dividendos.

O Ebitda da Petrobras no 1T25 foi de US$ 10,7 bilhões, 4% abaixo da estimativa da XP. Em contrapartida, o lucro líquido foi de US$ 6 bilhões, superando a previsão em 16%, impulsionado por ganhos de variação cambial.

O dividendo anunciado foi de US$ 2,1 bilhões, inferior aos US$ 2,3 bilhões esperados pela XP, representando um rendimento de 2,7% para ações ordinárias e 2,9% para ações preferenciais.

A alavancagem da Petrobras permanece controlada, com a dívida líquida financeira estável em US$ 15,4 bilhões. O Capex também ficou em linha com as expectativas.

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