HOME FEEDBACK

Análise: pressionado pela oposição, pelos governistas e pelo Centrão, Motta vive um dilema

Hugo Motta enfrenta pressão constante de bolsonaristas e governistas para pautar projetos polêmicos, enquanto sua autoridade no comando da Câmara é questionada. A incerteza sobre a retomada das votações representa um desafio crucial para sua gestão nos próximos dias.

Discurso de Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, foi marcado por um tom ameno após pressão da oposição bolsonarista.

Motta enfrentou constrangimento ao entrar no plenário sem certeza de presidir a reabertura dos trabalhos legislativos em 7 de setembro.

A oposição pressiona pela pauta de projetos que visam acabar com o foro privilegiado de parlamentares e anistiar envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

Obstruções físicas nos últimos dias demonstraram a fragilidade do seu poder como presidente, segundo técnicos e parlamentares.

Motta ameaçou suspender parlamentares e, após tensões, conseguiu se sentar na cadeira da Presidência após remover insurgentes do plenário.

Após reabrir a sessão, não marcou nova votação, evidenciando a tensão na Câmara e a falta de previsões para retomadas das pautas.

Pressões não vêm apenas da oposição, mas também de governistas que esperam uma atitude de Motta para restabelecer o funcionamento da Casa.

O apoio de partidos do centrão ao processo de obstrução agrava ainda mais o dilema de Motta em manter a governabilidade.

Motta iniciou seu mandato sem controle do orçamento secreto, aumentando a incerteza sobre seu poder.

A possibilidade de projetos bolsonaristas serem pautados em plenário pode sinalizar força da oposição e fraqueza do governo.

Adicionalmente, a ameaça de sanção por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, pode complicar a situação.

O desafio permanece: quando a Câmara voltará a votar pautas de interesse governamental ou da oposição?

O presidente Lula busca estrategias fiscais para as eleições de 2026, mas a dúvida persiste sobre o clima para retomar as votações.

Leia mais em exame