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Análise | PT abraça Haddad, após ele ser ‘rejeitado’ pelo mercado, e ensaia passos da estratégia pós-Lula

Haddad se reinventa no discurso petista e busca reconquistar a confiança do mercado com o novo Imposto de Renda. Medidas visam aliviar impostos e dialogar com a classe média antes das eleições de 2026.

Nos primeiros dois anos do governo Lula, o PT criticou fortemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentando-o como o responsável pelo "austericídio".

Enquanto isso, Haddad desfrutava de bom trânsito no mercado financeiro, porém, a falta de ajustes levou à alta da inflação e dos juros. Sua popularidade caiu de 41% para 10% entre os investidores.

Rejeitado pelos financeiros, Haddad foi reintegrado ao PT e adotou o papel de garoto-propaganda do novo Imposto de Renda, buscando recuperar a credibilidade e reposicionar-se como alternativa para o pós-Lula.

No último pronunciamento, Haddad demonstrou maior confiança no projeto do novo IR, que mira a classe média, um importante eleitorado.

Recentemente, ele participou de várias entrevistas e se reuniu com a Executiva Nacional do PT, adotando um discurso que ressoou com a base, incluindo frases impactantes:

  • Comparou a pesquisa Quaest a levantamento em mesa de bar.
  • Afirmou que economistas não são cobrados por previsões erradas.
  • Declarou que enfrentará a taxação dos mais ricos.

Nos bastidores, a percepção é que Haddad deixou de ser o vilão e agora é visto como aliado do partido. Apesar de ter enfrentado crises, incluindo a do Pix, e a fama de "Taxad", ele ainda é considerado o nome mais forte do PT para o futuro.

O novo Imposto de Renda é visto como uma estratégia para se conectar com a classe média e prometer alívio fiscal.

A aprovação do projeto no Congresso deve coincidir com o calendário eleitoral e a nova tabela de isenção entrará em vigor em março de 2026, beneficiando 10 milhões de brasileiros.

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