Análise: tarifas impostas por Trump são 'maior mudança no comércio global em 100 anos'
As novas tarifas de 10% sobre importações dos EUA prometem desestabilizar o comércio global e mudar drasticamente cadeias de suprimentos. Com o foco em países asiáticos, a estratégia visa reduzir o déficit comercial, mas pode desencadear retaliações e uma guerra comercial.
Impacto das novas tarifas dos EUA será enorme
As tarifas estão fixadas em 10% sobre todas as importações e entram em vigor nesta sexta-feira (4/4). Países com superávit comercial, como União Europeia e China, também enfrentarão tarifas mais altas.
A receita tarifária dos EUA pode atingir níveis históricos, superando o protecionismo da década de 1930. Isso simultaneamente contribui para quedas nos mercados, especialmente na Ásia.
O impacto será vasto, desmantelando modelos de negócios, interrompendo cadeias de suprimentos e possivelmente redirecionando-os para a China.
Os EUA esperam usar essa receita tarifária para compensar cortes de impostos. O governo classifica a situação como uma “emergência nacional”.
As tarifas recíprocas penalizam países que têm superávits comerciais com os EUA. A política visa reduzir o déficit comercial a zero, desafiando a lógica tradicional do comércio.
Essa mudança nos fluxos de produção levará tempo, mas tarifas de 30% a 40% afetarão os preços de produtos como roupas e eletrônicos rapidamente.
O futuro do comércio global agora depende da reação do resto do mundo. A Europa pode aproveitar oportunidades, optando por integrar o comércio mais próximo.
Além das ações de governos, os consumidores também podem retaliar, afetando as marcas americanas e o domínio das redes sociais dos EUA.
Uma guerra comercial complexa parece ser inevitável.