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Análise: Tentativa de Trump de controlar dados econômicos dos EUA segue cartilha autoritária

A demissão da comissária do Bureau of Labor Statistics ressalta a crescente pressão sobre funcionários do governo para alinharem dados a uma narrativa oficial. Especialistas alertam que essas ações ameaçam a integridade da informação e colocam em risco a democracia.

Trump desafia a verdade: O presidente Donald Trump demitiu a responsável por compilar estatísticas de emprego do Departamento do Trabalho após descontentamento com um relatório que contradizia sua visão otimista da economia.

Ele alegou que os números eram “falsos”, sua prova sendo “minha opinião”. Essa atitude marcou um aumento na pressão sobre funcionários do governo para conformar-se à narrativa oficial, em contraste com a neutralidade anteriormente observada.

Trump é conhecido por rotineiramente distorcer fatos, criar dados e desdenhar de checagens independentes. Especialistas veem isso como um padrão de comportamento autoritário, parecido com ações de regimes no passado que tentaram controlar informações.

A demissão de Erika McEntarfer ocorreu logo após a publicação de um relatório, que mostrava crescimento de emprego lento. Assessores de Trump defendem a demissão como um meio de buscar precisão, alegando que as estatísticas foram historicamente imprecisas.

Reações: A decisão gerou críticas de ambos os partidos, incluindo do ex-chefe de estatísticas trabalhistas de Trump, que denunciou como “infundada” e “perigosa”.

Organizações científicas registraram um aumento nos “ataques à ciência federal” durante o segundo mandato de Trump, sugerindo uma crescente politização dos dados governamentais.

A ex-deputada Barbara Comstock destacou que a demissão do “mensageiro” não melhorará a economia e que a realidade se impõe independentemente do que seja afirmado.

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