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Análise: Trump impõe tarifas para acertar contas com países, independentemente do tamanho deles

Trump amplia a lista de países que enfrentarão tarifas comerciais, incluindo Brasil e outras nações. O presidente ameaça tarifar importações em resposta a práticas comerciais consideradas injustas e acusações de censura.

Donald Trump ampliou sua lista de países que enfrentarão tarifas pesadas nas próximas semanas, se não firmarem acordos comerciais com os Estados Unidos.

Entre os países notificados estão Filipinas, Sri Lanka, Moldávia, Brunei, Líbia, Iraque e Argélia, todos com possíveis tarifas de dois dígitos.

Em uma nova ameaça, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos do Brasil, alegando que é uma resposta ao tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu julgamento.

A lista de países alvo inclui também Japão e Coreia do Sul, com tarifas previstas a partir de 1º de agosto.

Trump está seguindo sua estratégia global de tarifas anunciada em abril, visando punições por práticas comerciais consideradas injustas. Ele acusou o Brasil de “ataques insidiosos às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão”.

Uma investigação sobre as políticas de comércio digital do Brasil foi ordenada, podendo resultar em novas tarifas.

A data original do prazo para acordos comerciais era 8 de julho, mas foi estendida para 1º de agosto após pedidos de conselheiros. Países como a União Europeia e a Índia estão apressando negociações.

Embora haja ceticismo entre investidores, Trump reafirmou que o prazo atual não será adiado novamente. A pressão continua para que países assinem acordos antes do início das tarifas rígidas.

Trump ressaltou que centenas de bilhões de dólares em tarifas já foram arrecadados e que os déficits comerciais dos EUA são uma “ameaça grave” à segurança econômica nacional. Críticos argumentam que os déficits bilaterais são muitas vezes distorcidos e ocorrem por diversos fatores.

Por exemplo, o desejo de vender SUVs americanos no Vietnã é precipitado, dado que a renda per capita do país é de apenas US$ 4.000, bem abaixo do preço médio desses veículos.

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