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Análise | Xi Jinping já esperava e vinha se preparando para guerra comercial com os EUA há anos

Xi Jinping adota uma estratégia agressiva para fortalecer o controle econômico da China em meio a tensões comerciais com os EUA. A guerra comercial e o foco em tecnologias avançadas refletem uma nova abordagem de Xi em busca da supremacia global.

Xi Jinping se preparou por anos para confrontar os Estados Unidos, começando em abril de 2020, quando articulou sua visão para uma batalha contra a administração Trump.

As tensões aumentaram devido à guerra comercial e à pandemia de covid, que expuseram a dependência global da China em diversas áreas, como saúde e comércio.

Em vez de abrir a economia, Xi optou por uma ação agressiva, buscando fortalecer a posição da China como a principal base de fabricação mundial e aumentando as exportações.

Com medidas como controles de exportação e listas negras para empresas americanas, a China retaliou as tarifas impostas pelos EUA.

As pressões dos preços de minerais críticos aumentaram, levando a administração Trump a reconsiderar algumas tarifas.

A guerra comercial testou a resiliência da economia chinesa, que já enfrentava desafios como uma crise imobiliária. Se a situação se arrastar, milhões de empregos podem ser perdidos na China.

A ascensão de Xi é motivada por sua ambição de um grande renascimento da nação chinesa, desafiando a visão de que a China se liberalizaria economicamente ao se integrar ao Ocidente.

Embora a China faça progresso em tecnologias críticas e tenha um forte controle estatal, também enfrenta desafios econômicos internos e um ambiente externo deteriorado.

Especialistas questionam se a agressividade na política externa é a melhor estratégia, considerando as tensões geopolíticas em áreas como o Mar do Sul da China.

A situação reflete um possível acerto de contas para Xi, à medida que o mundo pondera sobre sua crescente dependência do comércio com a China.

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