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Análise XP: dívidas agro pressionam BB, que aposta na safra recorde para se recompor

O Banco do Brasil registra lucro de R$ 7,37 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com queda de 20,7% em relação ao esperado. O resultado fraco é atribuído a mudanças regulatórias e aumento da inadimplência, especialmente no setor do agronegócio.

Banco do Brasil (BBAS3) reporta resultados do 1T25: resultado abaixo do consenso, com forte queda de 20,7%.

Bernardo Guttmann, da XP, destaca que o desempenho fraco se deve a dois fatores principais:

  • Implementação da Resolução 4966: altera contabilização da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD), impossibilitando o reconhecimento de receitas em alguns contratos.
  • Aumento da inadimplência: particularmente na carteira de agronegócio, pressionada pela alta da Selic, que encarece custos de captação.

A carteira de agronegócio representa um terço do portfólio do Banco do Brasil, enfrentando renegociações e recuperação judicial.

Medidas adotadas pelo banco incluem:

  • Aumento de protestos e judicializações para reduzir atrasos de pagamento.
  • Expectativa de melhora na inadimplência com a safra recorde deste ano.

Apesar do cenário desafiador, Guttmann afirma que o valuation do Banco do Brasil está descontado e os dividendos altos continuam, levando a XP a manter a recomendação de compra.

O banco enfrenta um cenário difícil, mas espera-se que estabilize a inadimplência e retome a rentabilidade nos próximos trimestres.

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