Analistas destacam balanço 'sujo' do BB e desafios à frente; ações derretem
Banco do Brasil enfrenta dificuldades no primeiro trimestre, com ações em queda e revisão de expectativas. Analistas destacam a deterioração da inadimplência no agro e o aumento do custo de funding como principais desafios futuros.
Analisado o balanço do Banco do Brasil do 1º trimestre, especializados destacam um cenário "sujo" devido aos impactos da Resolução 4966 do Banco Central, dificultando comparações com períodos anteriores.
Dentre os desafios, deterioração na inadimplência, especialmente no setor agro, e o aumento no custo de funding são notados.
Após o balanço, as ações ordinárias (BBAS3) abriram em forte queda, com perdas de 14,59%, cotadas a R$ 25,10, enquanto o Ibovespa cedia 1,06%, aos 137.854 pontos.
O Goldman Sachs observou que o BB revisou seu guidance para margem financeira, provisões e lucro, mas manteve expectativas para carteira e outras receitas. A reação negativa do mercado é esperada, dado o desempenho abaixo do esperado.
O Citi também notou tendências negativas na qualidade dos ativos, enfatizando o impacto do agro e a Resolução 4966 nas provisões.
Analistas do Safra mencionaram que o vice-presidente financeiro do BB, Geovanne Tobias, falou sobre o aumento do custo de funding e a necessidade de ajustes por conta da Resolução 4966, que causou um impacto de R$ 1 bilhão devido a mudanças no reconhecimento de juros.
A Suno destacou que, apesar do crescimento na receita de juros, o aumento do custo de captação comprimindo a margem financeira afetou a rentabilidade do crédito.