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Analistas veem erro do governo ao considerar receitas incertas na liberação de recursos do Orçamento

Liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento é criticada por especialistas que alertam para receitas incertas e riscos futuros. Economistas destacam a dependência de arrecadação de petróleo não contratada e dificuldades nas contas públicas.

Liberação de recursos incertos no Orçamento pelo governo gera críticas.

Especialistas do Estadão/Broadcast destacam que a equipe econômica, ao liberar R$ 20,6 bilhões contingenciados em abril, baseou-se em receitas incertas, como a exploração de petróleo de áreas ainda não licitadas, o que pode complicar o fechamento das contas.

O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, considera que o governo “erra” ao realizar esse desbloqueio, uma vez que se fundamenta em receitas pontuais e atípicas.

Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, reforça que as previsões de arrecadação são “otimistas”, principalmente com a inclusão de R$ 16 bilhões da exploração de petróleo que depende de diversas etapas burocráticas.

O economista-chefe da ARX, Gabriel Barros, concorda que só após o leilão de petróleo, no fim do ano, será possível verificar a confirmação desses valores. Ele alerta para o risco de um bloqueio de recursos caso haja uma desaceleração econômica.

Além das receitas incertas, Barros aponta a falta de clareza nas despesas obrigatórias. Os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão fora de controle, e a Previdência tem se mantido contida artificialmente. Essa situação pode levar a problemas futuros.

A economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, critica a prática de ajustes fiscais baseados em receitas extraordinárias, uma rotina que perdura há décadas.

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