Anfitrião da COP30, Brasil alerta contra dependência excessiva de créditos de carbono
Ana Toni alerta para os riscos da dependência excessiva de créditos de carbono nas metas climáticas. Enquanto a União Europeia quase finaliza suas novas metas, a discussão sobre a efetividade dos créditos ganha destaque nas negociações.
Diretora da COP30 alerta sobre uso excessivo de créditos de carbono
A diretora-executiva da cúpula climática COP30 da ONU, Ana Toni, destacou que países não devem depender excessivamente da compra de créditos de carbono para cumprir metas climáticas.
A Comissão Europeia planeja anunciar, em 2 de julho, uma nova meta climática para 2040, propondo uma redução de 90% nas emissões. No entanto, para facilitar a aceitação, está considerando uma meta inferior e a utilização de créditos de carbono internacionais.
Esses créditos permitem que países contabilizem reduções de emissões de projetos externos, como a restauração florestal no Brasil. Defenderores argumentam que isso apoia projetos em países em desenvolvimento, enquanto críticos apontam escândalos sobre a eficácia real desses projetos.
Toni reforçou que, embora o Brasil não se oponha aos créditos, é crucial que os países não relyam excessivamente neles para suas metas. Ela destacou a importância de transformações na própria economia para garantir a eficácia climática.
O Brasil, anfitrião da COP30, não tem poder vinculante nas decisões, mas orienta as negociações e busca que os países estabeleçam metas ambiciosas.
Em fevereiro, aproximadamente 200 países tinham o prazo para apresentar suas metas climáticas para 2035 à ONU, mas muitos, incluindo a UE e a China, não cumpriram. Aguarda-se que a UE revele suas metas para 2035 e 2040 em breve, com debates internos sobre o uso de créditos.
- A Alemanha sugere usar créditos para 3 pontos percentuais da meta de 90%.
- A França propõe uma participação maior.
- Dinamarca e Finlândia acreditam que créditos não são necessários.