Anistia pode servir a condenados futuramente, como Bolsonaro, reconhece líder do PL

Deputado Sóstenes Cavalcante lidera articulações para votar o Projeto de Lei da Anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Até o momento, foram conseguidas 264 assinaturas para dar urgência ao projeto, permitindo que ele seja votado diretamente no Plenário, sem passar por comissões.

Segundo Cavalcante, a anistia é voltada para quem já está condenado, mas poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro indiretamente, caso seus advogados recorram à jurisprudência.

Cavalcante critica o Supremo Tribunal Federal (STF) e defende que somente o Congresso pode promover justiça aos envolvidos, considerando os atos de janeiro uma tentativa de golpe contra Luiz Inácio Lula da Silva.

O deputado defende também o nome de Bolsonaro para as eleições de 2026, apesar da inelegibilidade, e menciona possíveis candidatos robustos da direita, como Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.

A audiência na Câmara deve incluir a discussão do PL da Anistia, e Cavalcante espera que a proposta seja priorizada, considerando outras pautas atendidas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.

Durante a entrevista, Cavalcante afirma que apenas os atos de 8 de janeiro estão no escopo da anistia e que responsabilizações devem ser feitas apenas para quem depredou patrimônio público.

Ele enfatiza que a anistia é uma questão de justiça e que injustiças estão sendo cometidas com os condenados por ações como a escrita com batom em uma estátua, considerando penas desproporcionais.

Cavalcante acredita que o Senado também deve apoiar o projeto, recebendo um suporte robusto na votação, com mais de 300 votos esperados na Câmara.

Finaliza reiterando que a defesa do PL e de Bolsonaro não é a única prioridade, mas a anistia é uma pauta central a ser debatida.